08 maio 2009

Breve Lembrança

Neste primeiro post verdadeiro, sim pois o outro fora uma mera apresentação, irei rapidamente escrever algo meio vago, sem sentido. Lembrança essa de meus tempos de guri em Porto Alegre, dezoito talvez vinte anos. Era eu ainda um simples estudante. Mas um já completo amante. Sim já havia uma " ela " na minha vida. Teresa, saudades de ti. Mas não desejo estar ao seu lado, pois ou você teria que morrer ou eu renascer. Renascer, ba nem pensar. Estou bem, sem problemas e sem preocupações. Mas que saudades Teresa. Última vez que a vi, chorava. Não rolando pelo chão nem tão triste que não tinha mais palavras, mas chorava. Era meu enterro. Ei espera ai, paro aqui para não avançar em fatos que viram mais tarde, mais ou menos uns setenta anos mais tarde. Mas em fim, em juventude plena, amor no coração e o começo de uma visão única da vida escrevi essas palavras:

Vagabundo que vive a vida vendo o vento passar,
Vai vadiar até a validade passar,
Vagará sem rumo como uma vespa,
Nos vagões da vida vagabunda,
Vivente vagabundo vai se vaiar até desmaiar e quem sabe me encontrar
.

Nem lembro porque sairam de mim tais palavras sem métrica. Nem de meu gosto faz essa crítica ao vagabundo. Sou mais do tipo parnasiano, totalmente preocupado com a forma. Só na poesia com podem ver em minhas Memórias. Essa crítica desmascarada ao vagabundo, deve esconder algo. Não lembro bem. Talvez sobre os funcionários de meu pai. Trabalhadores da ferragem, nem sei se trabalhadores. Em minha mente tinha eles como preguiças cegas pelo dinheiro procurando uma agulha de honra, em uma palheiro de pecados. Falo pecados como se fosse um fiel. Católico sim, mas nada praticante. Claro.Me veio a cabeça (será que tenho uma cabeça?) esse tais preguiças prontos para se grudarem como cola no caixa da loja. Se grudarem no lucro. O lucro, o objetivo da vida destes mau viventes. Sim, uns viventes vagabundos vagando sem rumo. Me marcou tanto suas mentes pobres e focadas apenas no ouro, que até em meu delirio eu passei por esses macacos treinados para vender. Comiam as bananas para vender a casca. Mas paro por aqui pois esta viagem delirante é outro causo. Talvez outro post. Deveria começar a falar sobre minha vida, mas não decidi começar pelo fim, ou pelo meu nascimento. Enquanto penso, boa sorte ai neste mundo louco e apressado.

Adeus,

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